Thursday, 3 December 2009

Dias dois e três - A Entrevista e a nova Casinha

Os fatos relatados a seguir ocorreram em 2 e 3 de dezembro. Vejam como as coisas são rápidas deste lado do mundo ;-) .

Depois de uma hora apenas de sono (minha) durante à noite, levantamos e a Tati fez café-da-manhã em casa! Olha só, já estamos praticamente no ritmo de autênticos moradores. Tudo bem que foi pãozinho esquentado no micro com queijo e suco de laranja com manga de tetrapac. Um luxo! Saímos bem cedo, umas oito e meia da manhã, para não chegar atrasado na Entrevista. Acabamos chegando em Kogarah, bairro ao sul de Sydney onde fica o St. George Bank e onde o Rogerinho mora, muuuuuuuuuuuuuito cedo, quase uma hora antes da entrevista. Como tínhamos muito tempo, ficamos passeando pelo "centrinho" de Kogarah, onde tem a estação de trem, um Woolys, mini-shopping, várias lojinhas na rua, açougue e... várias imobiliárias! Aqui eles colocam o que existem para vender a alugar no vidro da frente, colado, então é só ficar olhando e escolher.

Chegando a hora da entrevista, voltamos para o St George Bank, um prédio moderno e "ecologicamente correto". Aliás, várias coisas por aqui são assim, sendo os australianos ativistas ferrenhos desta verve ecológica. Bem, aqui é o continente mais seco do mundo e é uma questão de sobrevivência, acima de tudo. Cheguei lá, chamei pelo Rogerinho que desceu e conversamos um pouco. Ás 10 e alguns minutos, desceram o Rajiv, o gerente da área, e a Aida, a responsável pelo projeto. Achei que tinha reconhecido os dois pela descrição do Roger (o apelido australiano dele) e me levantei. Ao nosso lado estava outro homem, provavelmente um outro candidato para alguma vaga, e os dois se viraram para ele, perguntando se era o Gustavo, isso em alto e bom tom. Para o meu espanto e da Tati, o cara disse que era e começou a conversar com os dois. Segundo a Tati ele estava meio nervoso e nem ouviu o nome. Eu fiquei ali, meio esperando a deixa para dizer que eu era o Gustavo e então, passados alguns segundos de tensão, falaram novamente o meu nome e o homem virou e disse que se chamava Eric. Era a deixa. Cheguei mais perto, apresentei-me e trocamos algumas risadas sobre o ocorrido. Legal, tudo estava mais descontraído e parecia que ia correr tudo bem. Apresentei a Tati e a Aida até perguntou se ela queria ir junta para a entrevista! Ela ficou, não querendo acrescentar mais pimenta no chili :-P . Fomos até uma pequena sala de reunião lá mesmo no saguão, que é bem arejado, aberto, com televisão LCD enorme (duas!) e cheio de planta, além de um pé direito até o céu :-D . Sentamos, respirei fundo, conversamos algumas coisas para quebrar o gelo e fiquei esperando pela sabatina técnica. A primeira pergunta foi algo como "quando você pode começar". Quebrou minhas pernas! Esperava tudo menos isso. Mesmo assim, o Rajiv me perguntou também se eu tinha alguma dúvida e pedi um explicação geral do que era o trabalho, o que foi feito prontamente pela Aida. Tudo durou uns 20 minutos e saí bem "abalado" :-D . A Tati dizia que eu estava totalmente aéreo, o que pode ser verdade já que eu não me lembro. De qualquer modo, vini, vidi et, decidamente, vinci. Mas confesso que fui beneficiado por alguns anjos da guarda que vieram comigo no avião e que já estavam por aqui...

Saímos de lá e fomos ver um cantinho nas imobiliárias da região. Achamos alguns pretendentes, mas uma em especial nos chamou a atenção. Conseguimos ver antes do almoço com o Rogerinho, que nos convidou para almoçar na casa dele (ele mora a 5 minutos a pé do trabalho) e foi quando pudemos conhecer a Bellinha, a filha recém-nascida dele. Com relação ao ap, vamos lá: terceiro andar de prédio baixinho de três andares, com escada, sem elevador, com tijolo aparente na sala como parte do detalhe de decoração e teto nos corredores do tipo "chapiscado". Já viram algo assim, por exemplo, na av. José Maria Whitaker, 742? Pois é, é isso mesmo. Imaginem se não fechamos. E o melhor é que também está a 5 minutos a pé do trabalho. Para encerrar o dia, fomos buscar com o Mariano, outro brasileiro que veio na mesma época do Roger, um modem via rádio para internet, ou seja, ele se conecta via ondas de rádio com a internet e agora nós temos acesso online em, praticamente, qualquer lugar de Sydney. Um dia de conquistas. Infelizmente, temos plena consciência que isso não é o usual, que somos ponto fora da reta e que só foi possível graças à torcida, orações, rezas bravas, simpatias, amizade e carinho de todos vocês, para o quê seremos eternamente gratos. Ah, o ap tem dois quartos, um já para quem quiser vir passar uma temporada em Downunder.

Finalmente tive uma noite de sono decente, talvez pelo alívio geral e tudo estar correndo realmente melhor que o esperado.

Nota do blogueiro: vimos um quase acidente, onde um taxista quase bateu no outro, que parou de repente. Buzinas para todos os lados e um deles saiu do carro gritando. Realmente, um acontecimento histórico em Sydney :-D . Bom saber que por aqui também existem seres humanos ;-) .

Beijos e Abraços

Tatiala & Guguru

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